Quando fui ser entrevistada pra ser obreira, ao contrário do que muitas pessoas me falaram eu não fiquei nervosa, nem tremendo por ficar frente a frente com o pastor. Concordo que enquanto fiquei na sala de espera junto com os outros candidatos estava tensa, mas quando entrei na sala e vi a tranquilidade que o pastor estava aquilo me acalmou. Claro que isso varia de pessoa pra pessoa, tem gente que fica mais nervosa ainda, mas no meu caso não. A entrevista foi super tranquila, respondi tudo que o pastor me perguntou e até ri com ele algumas vezes, e quando finalmente ele assinou minha carta escrevendo: Apta para a Obra! percebi a responsabilidade ali me concedida. Saí dali transbordante de alegria, Deus havia me confiado fazer parte dessa Obra e quão privilegiada eu era!! Isso foi um domingo.
A semana passou e na sexta feira eu já estava de uniforme sedenta para a primeira batalha contra o diabo, com aquele friozinho na barriga pois não sabia nem por onde começar rs'. Durante a reunião um obreiro disse: vai lá obreira, pega aquele ali. Meu Deus, a mulher tinha o dobro do meu tamanho, como eu seguro? O que eu falo?? Eu já posso queimar?? Essas perguntas passaram em menos de 5 segundos e quando percebi já estava ali do lado.
Então apenas me deixei ser usada por Deus, fiquei atenta ao que o pastor falava e quando ele disse, vamos queimar entrei em ação. Usei minha autoridade e vi a posição que Deus havia me colocado, pois o mal se submetia e também me odiava por isso. Sai da reunião feliz, por ter ajudado aquela mulher e não via a hora de chegar o domingo pra colocar novamente o meu uniforme. No domingo a oração da cura foi outro desafio, as pessoas vinham até a frente do Altar onde os obreiros estavam para orar por elas e eu não sabia o que falar. Novamente me deixei ser usada por Deus e quando eu perguntava pra pessoa, se a dor havia ido embora e elas respondiam que sim, vi o poder de Deus se manifestando através de mim.
É realmente um privilégio fazer parte desta Obra, você ver o poder de Deus atuando em meio ao povo, saber que você está ali pra ser contado e usado não tem coisa melhor. Mas consequentemente as guerras aumentam, a luta que antes eu tinha como jovem, se multiplicou depois que fui levantada a obreira. Minha guerra agora era realmente contra as forças do inferno, e podia ver isso no ódio que o mal manifestava nas reuniões de libertação.
Eu agora era usada ainda mais, podia acompanhar as pessoas e elas davam crédito. A realidade é que quando uma pessoa é levantada a obreiro (a), ela carrega a imagem de Deus, ela tem responsabilidades para com a Obra, e isso é o que o povo observa: a seriedade do obreiro com relação a Obra de Deus.
Por mais que haja guerras, lutas, humilhações e tribulações, fazer parte da Obra de Deus é um privilégio pois Deus não desampara nenhum servo Seu, então mesmo que se passe por tudo isso, acabamos ficando mais íntimos de Deus. Por isso não vale a pena em momento algum, por nada nesse mundo, nem por família, nem por dinheiro, nem por namorado, marido, sei lá, mas por nada vale a pena abandonar a nossa unção. Pois Deus que nos levantou e não o homem. Deus nos chamou dentre milhões e nos deu a Sua armadura, pois sabia que seríamos aptos para lutar pelo seu povo. Fomos chamados para salvar almas, não pra olhar pros defeitos de fulano ou de ciclano. Cada um vai prestar contas da sua vida depois pra Deus, então deixa Deus resolver. Lembra do por quê que você foi chamado, do que um dia despertou o desejo no seu coração de servir a Deus. Você não quis nem saber o que falavam de você porque só olhava pra Deus, então se lembre disso e comece novamente hoje. Faça hoje o seu primeiro dia na Obra de Deus e tenha as experiências que só Ele pode dar.
Na fé!
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